"Venha o Teu Reino"

Bem-vindo ao Palavra Viva, um espaço para divulgação do Reino de Deus, respondendo ao chamado dado pelo Senhor Jesus aos seus discípulos em Mateus 28:19: "Indo, fazei discípulos de todas as nações..." e Marcos 16:15: "Ide por todo mundo, e, pregai o evangelho a toda criatura". Venha, e vamos juntos construir um local de edificação e proclamação do Reino de Deus.


TODA A TERRA ESTÁ CHEA DA SUA GLÓRIA!

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

COM PÃO OU SEM PÃO, MAS NUNCA SEM A PALAVRA DE DEUS

"Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus."
  Mateus 4:4

Essa afirmação de Jesus apontava para algumas questões importantes. 

Em primeiro lugar era a vitória sobre a tentação de adiantar-se, de se precipitar, de agir para ter uma necessidade legitima suprida, entretanto sem ter a aprovação de Deus. A fome era uma realidade certamente sinalizada pela carne. Ele tinha total condições nele mesmo de transformar pedras em pães, mas escolheu a vontade do pai. Ele nutria no coração a conviccão que aquele deserto não era o fim. Ele não morreria de fome. Estar no lugar certo, na hora certa e fazendo a coisa certa era a garantia de ir até ao fim do propósito do Pai celestial para Sua vida. O pai o levou até o limite, foram quarenta dias sem comer. E, estando no limite, confirmaria o governo do Pai sobre sua vida? Sim. E assim o fez. 
Infelizmente, por muito menos temos "transformado pedras em pães". Diante das pressões agimos com independência... e olha que as vezes não precisa ser uma pressão tão forte. Para vencermos a tentação de agirmos de maneira independente diante de necessidades legítimas, precisamos ter convicção de quem somos e conhecermos a vontade de Deus revelada em Sua Palavra. Uma vida meramente religiosa, de boa conduta e de boas obras, não suportará o desafio de esperar contra a esperança. De suportar até o limite, jamais agindo sem a certeza da aprovação divina. Tal atitude pode levar a "perdas aparentes", entretanto inicia-se o caminho para a ressurreição. Não avalie sua vida pelas circunstâncias que os olhos podem ver e pela maneira que sua mente pode avaliar. Passe cada experiência pelo crivo da Palavra de Deus. Analise com os olhos da fé, e mantenha firme a sua confissão. No final os anjos de Deus virão te servir,e o mais importante de tudo: você terá o favor divino liberado sobre a sua vida a fim de continuar a jornada.

Em segundo lugar, o Senhor com tal afirmação nos ensina a necessidade de sermos íntimos da Palavra que sai da boca de Deus. Isso é mais que o mero assentimento intelectual das história narradas na bíblia. Mais do que conhecer teorias e linhas de pensamentos teológicos. Antes é o entrelaçamento de teoria, obediência e prática. Conhecer para viver, para praticar, para testemunhar. É o conhecimento nos guarda do erro, e de viver gastando tempo e energia com coisas não edificantes. Se vivo principalmente pela Palavra que sai da boca de Deus, então, não posso negligenciar conhecê-la de maneira íntima. Esse é um tempo de nos expormos ainda com mais intensidade as Sagradas Escrituras. Um tempo de fazer romper a vida devocional. De meditar na Palavra de dia e de noite. De buscar a Palavra. De falar a Palavra. De viver a Palavra. A atitude que temos diante da Palavra no presente vai moldar o nosso futuro. O futuro do Mestre foi glorioso, pois desde o inicio entendeu qual a real fonte de seu sustento. 

Por fim, as palavras do Messias mostravam uma determinação muito forte, uma convicção profunda de que havia algo a ser feito e de que tudo que se colocasse como um obstáculo teria que ser suplantado. Quem sabe o mestre pudesse estar pensando da seguinte forma: "não sou deste mundo, tenho uma missão a cumprir, e a fome não será um obstáculo para o cumprimento de minha missão. A Palavra de Deus vai me ajudar a seguir em frente. E só paro quando tiver terminado tudo que tenho para fazer aqui". Amados, somos missionários. Quanto maior o nível de apego com as coisas desta terra, menor será nosso compromisso e responsabilidade com a missão recebida. Jesus não nos chamou apenas para sermos "pessoas legais". Nossa missão vai muito mais além. Exigirá esforço, oração, entrega, devoção, sacrifício, determinação, concentração e trabalho. Foi assim com Jesus. Não será diferente conosco.

Ao sair daquele deserto o Mestre estava ainda mais fortalecido, e muitas outras experiências sobrenaturais o aguardava. E, Ele nos chama para SEGUÍ-LO. Sendo discípulos e fazendo discípulos. A única justificativa para não fazermos a obra de Deus é a falta de fé.

Disseram-lhe, pois: Que faremos para executarmos as obras de Deus?
Jesus respondeu, e disse-lhes: A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que ele enviou.
João 6:28-29

Que o Senhor ache em nós um coração de discípulo, e uma disposição incansável de completar a tarefa que por Ele mesmo nos foi designada. Que não cedamos a tentação de "transformar pedras em pães", aprendendo desde cedo o caminho da dependência a Palavra de Deus, fazendo da vida um altar e de cada gesto um sacrifício vivo, santo e agradável. Ai sim, poderemos afirmar com certeza estarmos experimentando a vontade de Deus boa, perfeita e agradável.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

O QUE PODEMOS APRENDER COM OS "IMBARGOS INFRIGENTES"?


Ontem com o fim de mais uma etapa do julgamento do chamado mensalão, para o público de uma forma geral ficou a sensação de impunidade, de injustiça, de indignação diante de uma morosidade tão grande na aplicação da lei. Nunca nós, meros mortais distantes das ilhas dos direitos constitucionais, ouvimos falar tanto de imbargos infrigentes. Este recurso previsto pela lei foi motivo de bastante controvérsia no júri mais alto da nação. Enfim, tal recurso foi acolhido e este julgamento se arrastará por mais alguns meses, e quem sabe até anos. 

Sem discernir espiritualmente o que acontece ao nosso redor, sem ter uma forte convicção que a justiça divina nunca falha, podemos permitir em nossos corações sentimentos não gerados pelo Espírito Santo de Deus. Observar a maneira como este mundo gira, sem ter uma referência divina, pode trazer "náuseas" e muito mal estar. O indivíduo pode se tornar alguém cético em relação as transformações, e se sentir impotente diante da força deste sistema mundano no qual todos estamos envolvidos. Depois de ouvir o resultado desta etapa deste julgamento, veio a minha mente a experiência do salmista Asaph, descrita no Salmo 73.

Salmos 73:1-14

Com efeito, Deus é bom para com Israel, para com os de coração limpo. Quanto a mim, porém, quase me resvalaram os pés; pouco faltou para que se desviassem os meus passos. Pois eu invejava os arrogantes, ao ver a prosperidade dos perversos. Para eles não há preocupações, o seu corpo é sadio e nédio. Não partilham das canseiras dos mortais, nem são afligidos como os outros homens. Daí, a soberba que os cinge como um colar, e a violência que os envolve como manto. Os olhos saltam- lhes da gordura; do coração brotam- lhes fantasias. Motejam e falam maliciosamente; da opressão falam com altivez. Contra os céus desandam a boca, e a sua língua percorre a terra. Por isso, o seu povo se volta para eles e os tem por fonte de que bebe a largos sorvos. E diz:Como sabe Deus? Acaso, há conhecimento no Altíssimo? Eis que são estes os ímpios; e, sempre tranqüilos, aumentam suas riquezas. Com efeito, inutilmente conservei puro o coração e lavei as mãos na inocência. Pois de contínuo sou afligido e cada manhã, castigado.

Se o Salmo terminasse aqui o sentimento seria de desespero e desânimo. O salmista avalia sua situação do ponto de vista humano, chegando a conclusão que sua decisão por uma vida pautada na verdade e santidade é vã. Se o Salmo acabasse aqui estaríamos realmente diante de um quadro desesperador. Graças a Deus o Salmista continua:

Salmos 73:15-24
Se eu pensara em falar tais palavras, já aí teria traído a geração de teus filhos. Em só refletir para compreender isso, achei mui pesada tarefa para mim; até que entrei no santuário de Deus e atinei com o fim deles. Tu certamente os pões em lugares escorregadios e os fazes cair na destruição. Como ficam de súbito assolados, totalmente aniquilados de terror! Como ao sonho, quando se acorda, assim, ó Senhor, ao despertares, desprezarás a imagem deles. Quando o coração se me amargou e as entranhas se me comoveram, eu estava embrutecido e ignorante; era como um irracional à tua presença. Todavia, estou sempre contigo, tu me seguras pela minha mão direita. Tu me guias com o teu conselho e depois me recebes na glória.

O pensamento de injustiça veio a sua mente, mas não encontrou lugar em seus lábios. Asafe foi até a presença de Deus, e discerniu que a justiça divina jamais falhará. O ímpio não ficará sem a devida punição. Sua aparente prosperidade é para o mesmo um verdadeiro laço aprisionador, mantenedor do estado de morte e condenação eterna. Pensar a vida sem Deus deixa o coração amargurado e endurecido, deixa o entendimento infrutífero sem a exposição da Luz.

O final para aquele que decide lavar sua vestes na santidade, fazer da verdade seu baluarte, e da fidelidade a Deus o seu estilo de vida, é ser recebido na Glória. E não há nada tão espetacular quanto a presença de Deus, e poder contemplá-lo face a face. Os que tem fome e sede de justiça serão fartos.

Cabe a nós, discípulos de Jesus e Sua Igreja, também refletirmos sobre nosso papel na sociedade. Por vezes apenas constatamos o mal, entretanto pouco fazemos para derrotá-lo. Seguimos uma espiritualidade restrita apenas aos templos. Não vemos a profissão como uma vocação divina. Não entendemos a vida sob a ótica da missão, da causa de Cristo. Vamos nos esquivando de ocupar espaços na sociedade, cedendo assim lugar para que aqueles sem temor de Deus ditem as normas. Não oramos o quanto deveríamos e poderíamos por nossa nação e suas autoridades. Somos ainda uma luz muito tímida, um sal quase sem sabor. Reproduzimos ainda muito da cultura deste mundo nas palavras, ações e comportamentos. Ficamos em silêncio diante das atrocidades e injustiças. Um silêncio eloqüente, que fala da nossa falta de compromisso e engajamento com a obra de Cristo.

O governo é uma instituição de autoridade estabelecida por Deus, tem suas responsabilidades e compromissos com o povo. Mas, a responsabilidade sobre a vida espiritual da nação está sob a Igreja, o Corpo de Cristo. E esta não foi enviada para constatar o mal, antes, deve seguir o modelo de Cristo, de destruir as obras de Satanás. Isso pode lhe custar caro, mas fora desta tarefa a Igreja se torna apenas mais um clube, um local de entretenimento.

Que Deus nos dê graça e entendimento sobre nossa missão e responsabilidade. Sejamos a voz do que clama no deserto, anunciando as boas novas de salvação e também o dia da vingança de nosso Deus, trabalhando arduamente para um número cada vez maior de indivíduos serem  levantados como carvalhos de justiça, implantadores do Reino de Deus, vivendo para a sua glória.

E, seja o mais importante da vida as convicções refletidas nas palavras finais do levita Asafe:

Salmos 73:25-28
Quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem eu me compraza na terra. Ainda que a minha carne e o meu coração desfaleçam, Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre. Os que se afastam de ti, eis que perecem; tu destróis todos os que são infiéis para contigo. Quanto a mim, bom é estar junto a Deus; no SENHOR Deus ponho o meu refúgio, para proclamar todos os seus feitos.

O que os imbargos infrigentes nos ensinam? Que a indignação por si só não pode mudar absolutamente nada. É tempo de orar. De buscar a Deus. De viver para Deus. Só Nele e a partir Dele esta nação experimentará as reformas necessárias produtoras de uma genuína e duradoura transformação. Aviva Senhor a Tua Obra em nossa geração!